EU E MEUS PAPÉIS
Gastar papel é comigo mesmo. Sou uma consumidora contumaz, e não sei o que fazer para diminuir esse gasto excessivo.
Papel ofício, nem se fala! Nele eu rabisco meus poemas, já que não sei escrever diretamente no computador. Meus textos são suados, sofridos, repetidos... corrigidos uma infinidade de vezes. É um tal de risca rabisca, retifica... só depois é que os digito e imprimo para guardá-los com o carinho que me merecem. Aliás esse é, também, o papel ideal para fazer barquinhos, aviõezinhos e pipas para o meu neto. Já viu né? Não tem papel que chegue.
Papel toalha. Ô papelzinho danado de bom. Muito usado no microondas é ótimo para absorver o excesso de gordura dos alimentos fritos, além de colaborar, em muito, nas minhas lides de artista plástica (ha,ha,ha) para a limpeza dos pincéis sujos e dos respingos de tinta que espalho em volta de mim e sobre mim. Cuidado! Quando eu estiver em atividade, mantenham-se à distância.
O uso comum a que se destina é mais que sabido. Mas o papel higiênico tem utilidades outras. Podemos usá-lo para limpar os olhos, o nariz, a boca, a pia, os espelhos, o chão... É auxiliar imprescindível na retirada da maquiagem e, atualmente, são tão lindos e cheirosos que dá vontade até de usar à mesa como guardanapo.
Ah! Os guardanapos. Não vivo sem eles. Na hora do almoço, logo de saída, gasto , pelo menos, uns três. Com um limpo a boca, com outro limpo a mesa e um terceiro me serve para por o que retiro do prato como espinhas, ossinhos ou alguma cebola acidental. Com eles enxugo talheres, limpo o grill e são ideiais para pegar umas baratinhas minúsculas que encontro na cozinha quando, inesperadamente, acendo a luz em plena madrugada.
E como andam caros, Santo Deus! Foi um dos artigos que mais subiu de preço nestes últimos meses. Há pouco eu comprava um pacotinho por menos de um real, agora está por mais de dois! Onde estará a culpa por esse desregramento? Estará, acaso, no desmatamento da nosso floresta amazônica? Eu sei, lá! Tudo é possível.
set-2007
