CAMINHANTE
Eu peço ajuda
em palavras miúdas,
que não têm eloquência:
têm apenas vivência.
Vou sentida, cabisbaixa,
procurando aquela faixa
que há de mostrar-me a saída
para os problemas, as dores,
para essa falta de amores
onde vago, dividida.
Eu procuro, não me acho.
Sigo à margem de um riacho
que corre alegre, apressado,
buscando as águas do mar...
Quem sabe seja o meu fado
caminhar do lado errado
sempre, sempre, sem parar.