DESÂNIMO
Calada olho as paredes,
que me sufocam e distorcem
os sentimentos que eu tinha,
e me encantaram outrora,
tão verdes quanto é a linha,
que borda os canteiros da aurora.
Se perderam em desespero,
tentando achar a saída
para as agruras da vida...
Nada acharam, esmoreceram.
Agora sem os meus sonhos
minha vida é desgarrada,
sem um rumo, sem um prumo
pra manter-me equilibrada.
A corda bamba balança,
nesta eterna contradança,
atrapalhando as passadas.