TRISTEZA
Triste, triste à janela,
nem enxerga a vida bela,
que passa por ela a sorrir.
Já não sabe o que é sentir,
não entende, nem pretende
voltar a amar alguém,
porque certeza não tem
se esse amor é de verdade:
essa a dura realidade,
não tem força de vontade.
Prefere ficar assim
mergulhada em denso "spleen",
sem sonhos, sem fantasias,
olhando o findar do dia,
que se esconde no horizonte,
logo ali atrás dos montes.
Sem futuro, no escuro,
nada ela descortina
- é uma pobre menina.
#Memorial Recantista#