Na madrugada tardia,
minha pele se arrepia
ao vento frio que passa.
Olho a rua - está vazia.
Não há movimento, só sombras
que o silêncio, indolente, envolve
e moroso, aos poucos, abraça.
A chuva recém caída
deixou poças na calçada,
onde a lua refletida
me espia admirada.
A aurora se anuncia
com suas luzes vibrantes,
depressa a lua se esconde,
talvez por vergonha,
humilhada,
de não ter essas cores flamantes:
ser apenas prateada.
Eis, já vem rompendo o dia...
Vou dormir... Estou cansada.
#Memorial Recantista#