Rodin
P O S S E
O teu vulto é uma estranha nebulosa,
que mal distingo na penumbra luminosa
entre o silêncio que apascenta nossos corpos.
Deslizando em tua carne, tão macia,
minhas mãos não se detém e acariciam
cada recanto, cada relevo... os teus segredos.
Teus seios são dois crescentes radiosos
sobressaindo entre murmúrios, preguiçosos,
de pronto eretos respondendo ao meu chamado.
Num gesto inútil te proteges recatada,
enquanto a boca me procura estonteada,
tudo me dando, tudo mostrando, tudo querendo.
#Memorial Recantista#