TRISTEZA
Ainda ontem te abracei com carinho,
solucei comovido ao sentir-te tão perto,
vi a rosa no chão, me feri no espinho,
foi descuido, eu sei, vejo que não fui esperto.
Já agora eu choro de dor, tão sozinho,
me deixaste ao relento, triste, abandonado,
a luz se apagou, escuro é meu ninho.
Passarinho perdido em meio à tormenta,
de asa quebrada não voa, mas tenta.
Me escuta, me ouve: sou um pobre coitado.