O ARAUTO
De longe, bem longe,
das curvas distantes
de estradas sozinhas,
ele vinha.
Ele vinha apressado
sem parar um instante,
sem parar pra pensar,
sem parar pra sentar.
Tinha os olhos luzentes
e o sorriso inocente
de um anjo sem asas,
que deixou cedo a casa,
e saiu pelo mundo
a andar - vagabundo,
um arauto, um incauto,
a pregar sem palavras.