(des)LEMBRANÇAS
Lembranças sem fé,
que se escondem,
indiferentes e frias,
desconfiança arredia
que viví,
mas não sei onde.
Enorme monotonia,
se repete o de costume...
Me corta, me fere - é gume,
um princípio de agonia.
De repente nada resta,
só enxergo o fim da festa
e, no silêncio pesado
que se arrasta mal parado,
as lembranças, numa dança,
se esgarçam, se esfumaçam...
se perdem num tempo passado.