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NINGUÉM

Aquele que passa,
sem bater, à minha porta,
parece que me provoca
a sair, não desistir,
 e lutar contra mim mesmo.
Tem uma maneira própria
de impor o que comanda,
me vira pelo avesso,
não me diz seu endereço,
inventa mil artimanhas.

Eu não sei aonde ir,
não sei onde é o começo
desta estrada que percorro
subindo, descendo morros,
escorregando em ladeiras,
qual alegre brincadeira,
engano em que sempre incorro.

É visita passageira,
silenciosa e calada,
ninguém sabe que passou,
sequer pegadas deixou...
Perdeu-se, depressa, no nada.

 

 


 

HLuna
Enviado por HLuna em 01/12/2022


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