ANOITECER
Anoiteço todo dia em meio a auroras vazias, e ocasos deslumbrados. Desconheço qual meu fado e caminho adormecido, soluço, às vezes, em gemidos, menino faminto - espantado. Nem lembro se o ontem passou, curto, só, a minha dor sem dividir as estrelas que me deram de presente. Posso até secar o choro ouvindo as vozes do coro, com o pensamento ausente, mas prossigo, sigo em frente, tiro as pedras com cuidado não olho pra trás, nem pros lados... Eu pago o preço contente.
HLuna
Enviado por HLuna em 17/11/2022
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