LETARGO
Meus versos,
silenciosos e tristes,
ficam-se por aí esquecidos,
mudos e desiguais.
Talvez repousem, imóveis,
em meus cadernos dispersos
aguardando algum milagre
que os faça ganhar vida.
A vida... é bela, sim, é bela,
mas o medo paralisa.
Deixemos meus versos dormindo
entre as páginas dos cadernos
à espera do momento.
Alguém, um dia, virá
e os fará despertar.