A MOSCA
No meu canto estava eu quieta, quando uma mosca indiscreta, quem sabe uma varejeira, se exibindo faceira, veio perto de mim pousar. Vá-se embora, desinfeta, eu lhe disse decidida, não a quero em minha vida, nem falamos a mesma língua, alguém vai morrer à míngua, nada bom a se esperar. Porém ela, bem na dela, não ligou ao que eu dizia, esvoaçando zumbia com uma tal satisfação, que nem sei o que pensei: pensei dar-lhe um bofetão. Aproveito, mando-a à merda, e dou-lhe umas raquetadas; eu não sei quem é que a herda, talvez tu que começou esta história mal contada.
HLuna
Enviado por HLuna em 24/08/2022
Alterado em 24/08/2022 |