Pedacinho do jardim da casa da Costa Barros (2005)
TEMPO FUGAZ
Ah, que saudades eu tenho da minha casa querida, onde o jardim tinha vida no florir das margaridas, passarinhos a cantar... Não mais vejo os meus amigos, não ouço o seu gorjear. Hoje vivo, aqui, sozinha, nesta gaiola de vidro, indiferente ao perigo que possa vir-me rondar. Bem quisera retornar ao passado, às alegrias que povoavam meus dias, sempre a sorrir, a sonhar. Mas o tempo sorrateiro passou correndo, ligeiro, carregou tudo consigo. É um feroz inimigo que nos leva de roldão corpo, alma, coração. Tempo, tempo tão fugaz, o que leva, ele não traz.
HLuna
Enviado por HLuna em 26/05/2022
Alterado em 26/05/2022 |