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INFORTÚNIO
 

Nos vãos abertos, sem teto,
passam poemas alados
como fossem pensamentos,
que se movem, me comovem,
reflexos, talvez, de outro tempo
que eu contemplo espantado.
E a dor chega - saudade,
pedaços, pedaços de vida
que se foram em despedida,
não por ato da vontade.
Ser errante perambulo,
já não me impele o orgulho,
mas agora a humildade
se estampa em minha face
sem máscara e sem disfarce,
podem ver... errei o pulo.
Não há prêmio, eu pago o preço,
e recebo o que mereço.
Não há ouro, não há prata,
só uma medalha de lata.


 

HLuna
Enviado por HLuna em 09/11/2021


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