DESDE SEMPRE Desde sempre eu sabia que, algum dia, chegarias sem preconceito de cores, sem prenúncio de desgraças, trazendo na carne estuante uma ansiedade premente de matar a sede ardente, que te consumia em segredo. Não há por que termos medo: estamos a sós, meu amado. Se te amo, se te agrado, apossa-te do que te pertence, mata a sede impaciente, busca em mim o que te falta e desperta a chama viva que, quieta e silenciosa, jaz no teu peito oprimida. Nada mais importa agora que o sumo prazer desta hora em que nos quedamos vencidos, lado a lado adormecidos. Desde muito estava escrito: desde ontem... desde sempre. HLuna
Enviado por HLuna em 02/09/2021
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