![]() ![]() BATALHA PERDIDA Em silêncio oculto a dor que meu peito machuca e atravessa. Recolho e sufoco os gemidos comigo, sozinhos, escondidos na longa batalha sem tréguas. Aparentemente me assemelho a toda gente. Mas, solitária, a dor cresce, se alastra, domina meu corpo: sou um ser alquebrado, estou morto, abatido no ardor da procela. Onde estão os vencedores, quem lucrou com minhas dores, quem sufragou esta guerra? O mistério permanece, ninguém nada me esclarece. Somente a miséria perdura dominando a criatura, escravizando a matéria. . . . DELEY AGORA E eu que já fiz greve, Coloquei piquetes, Enfrentei porretes, Punhos serrados no ar, Soltei gritos, De revolta - liberdade, De justiça ? igualdade. E eu que dormi nas ruas, Enfrentei temporais, Que pintei o rosto, Assumi meu posto, Suportei os ais, Na busca dos ideais. Agora; olhar perdido, Desiludido, No meu (in) finito; Agora; assisto calado, Cansado do que sou, Pássaro desalado, Sonhando que voou... HLuna
Enviado por HLuna em 18/05/2021
Alterado em 19/05/2021 Comentários
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