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POBRE CORAÇÃO


Não quero falar o teu nome,
porém eu morro de fome
da tua presença, é verdade:
a isso eu chamo saudade.
Às noites ela me ronda,
de dia aparece e me sonda...
Não sei qual sua intenção,
mas me inquieta o coração,
que bate aflito no peito,
e eu não sei qual é o jeito
de acabar este tormento,
que cresce momento a momento,
expandindo o sofrimento,
sempre mais, sem me dar paz!
Ah! Escuta a minha luta
tão enorme, que não finda,
só tua presença, bem vinda,
pode trazer-me ventura,
clareando a noite escura,
afastando a amargura,
e dando, enfim, o consolo
ao meu coração pobre e tolo.

.  .  .


 Jacó Filho
CORAÇÃO SUBALTERNO
Faz-se o teu escravo, desde o início,
Oferecendo de si, o melhor da vida,
Porta o amor, que cura tuas feridas,
Doando-se inteiro aos teus artifícios.

Paixão que encanta e torna sensível,
Um coração pondo a mente a deriva,
Por conta da libido, que agindo ativa,
Passa a ilusão que sonhar é possível.

Entregue a feitiços, que julga divino,
Pensa ser o amor que a tudo supera,
E investe na vida como jamais fizera...

Meu coração subalterno feito menino,
Viaja aos céus, numa cruzada eterna,
E vive um amor, que de Deus espera...
(Reedição)

 
HLuna
Enviado por HLuna em 09/02/2021
Alterado em 10/02/2021


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