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IGUALDADE

Venho de ontem - eu sei,
por estradas mal traçadas,
sem regras,
            sem rumo,
                      sem lei.
Procuro águas profundas,
só encontro as mal paradas.

Paradas no tempo - não rolam,
até mesmo me ignoram
quando reclamo do tédio
(tédio enorme, sem remédio)
destes dias abissais
soluçando uma vez mais.

Mais uma vez
vai-se o ano...
          Sonhos... sempre desenganos.
          Mal de muitos,
          mal de tantos
                        e, por isso, eu não me espanto
          se sofro do mesmo mal.
Porque não sou diferente.
          Sou apenas,
                      um teu igual.



 
HLuna
Enviado por HLuna em 06/08/2020


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