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À DERIVA

Eu sei? Não sei.
Eu penso, penso,
e não encontro
uma razão para esta vida,
assim, sofrida,
desmerecida,
desconsolada,
como afogada,
buscando ar.

Na dor que é minha
eu vou sozinha
como indigente,
por entre as gentes,
que não percebem
que busco ajuda.

A voz é surda
e não ecôa.
Minha canoa,
sem remo ou leme,
perdeu o rumo,
é sombra tênue
que se esfumaça,
que o vento leva
longe da terra,
em pleno mar.


HLuna
Enviado por HLuna em 10/10/2007


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