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DESÂNIMO

Estrada afora eu caminho,
mas sinto nos pés os espinhos
que machucam, que esfolam
a minha pele macia,
enquando a esperança que dança
bem à frente me acena
com inusitada alegria.
A alma não se controla,
pois não vê a açucena
plantada lá no jardim,
junto ao pé de alecrim.
Onde estará ela agora?
Triste sina, triste cena,
quem me vê, de mim tem pena.
Ó Senhor tem piedade,
dá-me a felicidade!


 
HLuna
Enviado por HLuna em 26/10/2019


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