EM SURDINA A minha sombra, tranquila e quieta, há de ficar nestas paragens, sob estas árvores de grossos caules, meio em vigília, ouvindo histórias que o vento alado conta apressado, quando passeia por entre as teias de luz e sombra. Na aurora clara, no fim da tarde, nas finas palmas, junto do rio, a sombra livre faz-se invisível: somente o vento percebe e cala, somente o vento manso resvala por sobre a sombra - a minha sombra quieta e tranquila. . . . Paulo Miranda Há de ficar nestas paragens a doce lembrança tua e ainda toco nas ramagens como toquei e orvalhei as tuas... HLuna
Enviado por HLuna em 18/08/2019
Alterado em 19/08/2019 |