PESADELO
Perdida, no limbo escuro da amargura, busca achar uma saída para a dor que a atormenta, que lhe inferniza a vida. Tenta, tenta, mas sente que pouco a pouco, ela a arrasta, a devora, sugando-lhe todas as forças que, depressa, mal percebe o que é, ou onde mora. É um denso, um imenso pesadelo, a puxa pelos cabelos, a atira ao rés do chão como fosse um desvalido, que não tem nem um abrigo, vive só do que lhe dão. Nessa angústia inominada, que empobrece, abastarda e, sem tréguas, a persegue, quer acordar - não consegue. Mas junta forças e um grito ecoa no ar, infinito, e a liberta de vez. Felizmente a luz se fez na manhã que chega pura. Foi-se embora a noite escura. HLuna
Enviado por HLuna em 24/07/2019
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