CALAMIDADE Molho os pés na poça insossa que se formou bem à porta, quando a chuva desceu forte alagando todo o pasto, o gado, a semente inocente que, alheia e displicente, tentava brotar calma e frágil. Inda ontem a seca brava de sede inclemente matava animais, homens sem nome, e o presente sem passado que acabou crucificado no mesmo lugar onde viu morrer só, abandonada, aquela que, um dia, o pariu. HLuna
Enviado por HLuna em 25/09/2007
|