RESTOS DE JUVENTUDE Sinto-me jovem, tenho a carne ainda moça. Corre sangue em minhas veias pulsando, batendo com força num êxtase de arroubo infinito que eu escuto, contrita, dentro da noite acordada. Preciso matar esta sede que me toma, me incendeia. Sou um deserto de areia batido, escaldado de sol. Aguardo com ânsia crescente, alguma promessa de chuva - uma nuvem passageira que venha aplacar a ardência do fogo que me devora. Venha, então, não se retarde. Estou no vigor da idade, mas a chama já bruxoleia... depressa antes que ela se apague. . . . Paulo Miranda Êxtase de arroubo infinito... ao ler isso como me aflijo será realidade, ou só mito mas já jorro no regozijo... HLuna
Enviado por HLuna em 11/04/2019
Alterado em 12/04/2019 |