UM RIO QUE PASSOU Da varanda eu avistava, por entre as sombras da tarde, o rio que sussurrava manso, manso sem alarde, cantando canções bem suaves. Como em sonho eu as ouvia, escutava seus lamentos, e a incontida alegria de seu marulhar todo dia, superando o sofrimento. Perdi-me do rio e do sonho, o vento os levou eu suponho, soprou forte, os soterrou. Neste grande e imenso mundo, a mim o que me restou foi um desgosto profundo, que cresce segundo a segundo e, sem pena,me devora pela eternidade afora. HLuna
Enviado por HLuna em 25/09/2018
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