FECÚNDIA Sob a terra generosa a fertilidade é profunda. A mata inquieta se abre para o sol vir fecundá-la... Rios descem derramando suas águas seculares, corre a seiva, brotam árvores, germina a vida pulsando num ardor incalculável. Ao meu redor ouço gritos - carente, nervosos, aflitos. Bocas rugem escancaradas num esgar, desnorteadas. Não posso negar os instintos que me conduzem a passagem: sou o macho que procura a fêmea solta na rua. Uma eventual companhia pra minorar seu martírio e aplacar sua sede. Essa sede alucinante que prende, a mim, infamante na rija voragem do cio. HLuna
Enviado por HLuna em 28/08/2007
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