DIAS QUE PASSAM
Encolho-me com medo, ante o barulho da chuva. Sozinha, calada, eu desfio madrugadas como se fossem rosários. Olhei, sim, o calendário, mas o dia vem tão longe... Não o vejo no horizonte, sequer atrás da janela. Não sei o que fazer dela, desta vida desmedida, que, às vezes, vai de corrida, e outras demora a passar. Melancolia dos galos, que prenunciam a aurora: são arautos desvairados, que nada sabem das horas, como vejo neste agora aguardando o amanhã, que está longe de florir. . . . Paulo Miranda Que nada sabem das horas os arautos da poesia contudo, como demoras deixarei a cama vazia... HLuna
Enviado por HLuna em 21/01/2018
Alterado em 22/01/2018 |