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O QUE ESCREVO
 

No poema que escrevo, 
às vezes nem sei se devo,
atrever-me é ousadia,
uma espécie de mania
a me conduzir por caminhos
que eu mesma desconheço.
Porém, voltando ao começo,
escrevo de tudo um pouco:
do amor, das alegrias,
e do sofrimento louco
que é buscar o amor sonhado
onde mais nada existia.
Ao longo deste caminho,
me arranho em muito espinho,
aquele das rosas é fado,
mas continuo a procura
porque a vida é aventura,
devemos vivê-la a contento,
aproveitar o  momento
e agradecer as benesses
que nos dão sem um senão,
sem precisar fazer preces,
sem imposições, sem trapaças,
que recebemos de graça,
sem impostos e sem preço,
e não porque eu mereço.

             .  .  .


 Paulo Miranda
Escreves de tudo um pouco
nessa diuturna ousadia
de me deixar feito rouco
rouco de silente orgia...

 
HLuna
Enviado por HLuna em 04/10/2017
Alterado em 05/10/2017


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