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CANÇÃO DO VENTO

Vento que assobia,
balança as cortinas,
e adentra meu quarto apressado.
Pra que pressa, vento amigo?
Eu não posso ir contigo
pela noite enluarada.
Tenho os pés presos no chão,
não alço voo, nem canto.
Vivo imersa em desencanto,
os olhos postos na estrada.
A minha visão é bem curta,
é uma visão diminuta
igual a mim - limitada.
Os horizontes se perdem
num azul esmaecido...
Ah, quem dera, vento amigo,
eu pudesse ir contigo
percorrer as madrugadas.


 
HLuna
Enviado por HLuna em 17/09/2017


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