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PENITENTE
 
Por esses espaços infinitos
me deixo ir, vou aflito,
porque desconheço meu guia.
Sinto a alma escura e fria,
mas quem acredita confia,
e eu confio e me entrego,
embora temente, não nego.
Porém sinto uma presença,
que vai me dar a sentença,
que absolve ou condena.
Não sei qual a minha pena,
mas sou filho penitente,
e meu Pai será clemente,
tenho certeza - eu o sei.
Os Seus braços, então, abrindo,
vai receber-me sorrindo,
e dirá: teus pecados perdoei.

 
HLuna
Enviado por HLuna em 04/09/2017


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