O REPOUSO DO GUERREIRO Sigo em frente, descontente, sem atentar no meu rumo. Pesa o corpo, pesa a mente... Sinto milhões de correntes a me tolherem os passos - o compasso, das passadas que me empurram. O coração bate frio, as mãos, porém, estão quentes. Se não existe futuro, por que me iludir no escuro batalhando inutilmente? Volto ao ventre, volto ao ovo, do qual emergi fresco e novo, pranto forte, corpo leve. Esta vida é curta, é breve. Muitas vezes é teatro, teatro de fato - sombrio, onde a peça encenada no palco não merece, sequer, o aplauso da platéia que a assiste. Quanto a mim não tenho forças pra prosseguir nesta estrada que, afinal, não leva a nada. Fecho os olhos, durmo, esqueço... Descanso em paz, pois mereço. HLuna
Enviado por HLuna em 03/08/2017
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