COMPULSÃO
Mal surgira a alvorada, mal se viam os pés que iam em grandes e largas passadas, pisando a terra, inda fria. Caminhava decidido, como se houvesse um motivo que o compelisse a andar. Motivo, porém, não havia, procurava companhia? Talvez procurasse a si mesmo, nessa busca infinita que assusta todos que a ela se lançam, sem saber bem o por quê. É um impulso incontrolável, é um impulso irresistível, que nos consome qual fome, e nos alimenta sem pão. Por mais que enxerguemos, não vemos: não há sentido ou razão. HLuna
Enviado por HLuna em 30/05/2017
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