INSÔNIA Nas longas noites de insônia, de que padeço e reclamo, tento fugir de mim mesma abrindo as janelas do sonho, onde os restos do passado me espiam do outro lado, com olhos parados e mudos. Mal esboçados, são vultos que eu a custo reconheço. Serão meus esses pedaços, esses pedaços de sonho, que flutuam solitários como barcos abandonados, sem gente, sem leme, sem rumo? Sem peso, sem medo ou desejos, são seres feitos de fumo: já não consigo alcançá-los vivem, lá, num outro mundo. HLuna
Enviado por HLuna em 17/04/2017
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