DEIXEM-ME CHORAR Quero, sim, chorar eu quero, às escâncaras sem ter pejo, gritar esta dor que me assalta qual horrendo pesadelo, que faz minha vida vazia, que me rouba a alegria, e ri-se de mim doentia, gargalhando entre gracejos. Quero a lágrima solta, farta, a rolar-me pela cara molhando-me a boca, insolente, escorrendo livremente, deixando os vestígios à mostra. Que me importa o olhar alheio, repleto de risos, grosseiro, criticando impunemente, ignorando os motivos desta dor que anda nua, exibindo seus farrapos pra quem passa, em plena rua! Choro a mágoa mais antiga, aquela que não cicatriza, para alguns bem tola e vã. Um amor ontem nascia... Morreu hoje de manhã. HLuna
Enviado por HLuna em 28/12/2016
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