Igreja N.S. da Conceição em Realengo - Rio de Janeiro EVOCAÇÃO (reprise) Real Engenho das festas na Igrejinha modesta, do cinema às quintas feiras, das quermesses, das fogueiras e do preciso momento, em que a medo e deslumbrada, descobri o amor primeiro - doce fruto ignorado. Real Engenho bendigo os longos anos em que pisei teu solo suburbano e a placidez das ruas tão discretas. Onde eu andei... voei de bicicleta gozando a brisa em meus cabelos soltos na avidez das novas descobertas. Real Engenho - ecos do passado, da juventude, do sonho, da magia! Cheiro de mato um pouco almiscarado, rumor de passos e a louca alegria a me envolver num apertado abraço quando chegava... na hora que partia. São fatos, são fotos, são atos, que surgem, assim, de repente e atravessam minha mente trazendo de volta as lembranças, trazendo de volta as saudades. Tempo bom, de brincadeiras, em que a vida aventureira, fecunda, se abria em promessas. Algumas vingaram, brotaram, deram frutos bem depressa. Outras nem desabrocharam... morreram no nascedouro em berço esplêndido de ouro por força da sorte adversa. Nem por isso trago mágoas ou desgostos em mim guardados. Cresci, cumpri o destino que além me foi traçado. Já, agora, em pleno ocaso fecho os olhos e, em pensamento, retorno nas asas do tempo e, de novo, te contemplo meu querido REALENGO doce, puro, inda intocado. Morei em Realengo dos 12 aos 24 anos Belos tempos, belos dias... DOCE VAL
Doces lembranças de um tempo que a memória se nega a apagar que quando surgem assim mansamente nos transportam outra vez ao mesmo lugar... HLuna
Enviado por HLuna em 10/12/2016
Alterado em 11/12/2016 |