helenaluna

Versos Diversos

Textos






 
Nascido, sozinho, no frio da noite,
mamei tetas fartas, andei à deriva.
Carinho não tenho, sou cana de engenho,
bagaço já gasto,
jogado de arrasto nos mares da vida.

Transpus a soleira, olhei outros rostos,
porém o desgosto é uma pedra na estrada.
Tristonho sem rumo, eu ando no mundo
entre mágoas e dores,
à procura de amores  pra curar minhas chagas.

Nos dedos eu conto a passagem do tempo,
que se faz mais distante à medida que passa.
Se consulto a Esfinge, nada diz, ela finge
me enganando matreira,
eternal prisioneira das visões da Cabala.

A esperança ainda dorme o seu sono profundo,
esquecida do mundo em distante caverna.
Mas eu sei que amanhã, chegará clara e sã,
desvendando os espaços
resgatando em seus braços as misérias da Terra.




 
HLuna
Enviado por HLuna em 09/12/2016
Alterado em 09/12/2016


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras