EIS-ME AQUI
Eis-me aqui à tua porta, quero entrar, ficar contigo. Quero matar esta fome que me devora e consome, ininterrupta e sem nome, mas que alimento e bendigo. Abre-me a porta, eu te peço. No meu corpo ainda sinto o arpejo dos teus beijos e guardo, ainda, na carne o calor da tua boca a queimar-me, incandescente, acendendo a chama viva do desejo inconsciente. Abre-me a porta! Está frio! A noite é um imenso vazio a rolar num céu sem nuvens. Deixa-me entrar, quero ver-te, quero sentir-te em meus braços a debater-se, agitada, como um pássaro espavorido que, ao perceber o seu dono, se acomoda em abandono e se aquieta adormecido. . . . ChicoMesquita Não chores meu amor, Com tanto sofrimento, Faz preces ao Criador, dá um fim neste lamento. Paulo Miranda Como um pássaro espavorido podes passa p'la janela à fome do amor, rendido te mando logo à panela... HLuna
Enviado por HLuna em 22/11/2016
Alterado em 24/11/2016 |