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À BEIRA DO RIO


Lá na beira do rio vejo um homem sentado.
O que faz esse homem espiando a corrente?
Tem lembranças, talvez, que, de longe, ao acaso,
o murmúrio do rio faz voltar lentamente.
Ninguém nota o que há, ninguém sabe o que sente:
sua face é de pedra, sua boca é silente,
mas a dor que o assola não tem dia, nem hora,
chega assim sem aviso, chega assim de repente,
e por trás dos seus olhos, dos seus olhos fechados,
há um rio de lágrimas a correr ... permanente.

.  .  .

 
Bem à beira do Recanto
A poetisa a brilhar,
E eu chorando no meu canto
Sem saber me expressar... 

 
HLuna
Enviado por HLuna em 20/09/2016
Alterado em 20/09/2016


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