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ALGEMAS

Teus olhos, teus braços, teu passo...
têm algo mais que nem sei
explicar qual o motivo
que me tornaram cativo
- eu que sempre fui o rei.

Nesse doce cativeiro
escravo sou, sou por gosto,
pois estou preso ao teu rosto,
à tua boca que queima,
e à generosa opulência
da carne que molda o teu corpo.

E, assim, nós dois unidos
seguiremos pela vida,
minha mãos enternecidas
a te apertar junto a mim.

A mim não importam as algemas,
não importa o que dizem lá fora:
quero ser escravo, sim.
Eu escravo, tu senhora!
HLuna
Enviado por HLuna em 22/07/2007


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