helenaluna

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CALO-ME
 
Olhando o tempo que passa,
aqui da minha janela,
às vezes até acho graça,
porque ele passa por ela,
pela vida que disfarça,
e segue sem mais aquela.
Francamente não entendo,
(na verdade nem pretendo),
apenas penso, observo
essa disparidade crescente
do tempo, da vida - somente,
na minha, eu me conservo.

Se não posso mudar nada,
prefiro ficar calada.

              .  .  .

 
Diante desse olhar,
 Que desnuda-me por inteiro,
 Calo-me com o teu cheiro
 Enfurecida onda do a(mar)...
 Calo-me por medo,
Para não te magoar,
 Procurando entender esse respirar,
Cada batimento sentido...
 Da expressão que transmite,
 Calo-me porque a voz se omite,
 Talvez seja por vergonha...
 Da tua inocência que sonha,
 Calo-me para te ouvir,
No lacrimejar dos desejos,
 E no sentir dos teus beijos,
 Dessa nova sensação por vir...
 Calo-me para tentar te definir...

 
Me calo e tenho guardado,
é porque eu tenho medo.
Que se falar, o segredo
que eu guardo a sete chaves
em minha boca, sem traves
Será, enfim, revelado!

 
Se não podes mudar nada
 ao menos, que me ouças:
se eu cuidar da vasilhada
 ajuda, porém, co'as louças...

 
O tempo são águas passadas,
 Que maltrata a alma da gente,
 Às vezes chego dar risadas,
 Dos sonhos ainda inocente. 
HLuna
Enviado por HLuna em 11/05/2016
Alterado em 17/05/2016


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