GLÓRIA DE UM DIA A folha que o rio carrega deixa-se ir à deriva. Não percebe a água fria, sente uma imensa alegria, e um perfume que adeja em torno dela, pra ela, como aura benfazeja. A tranquilidade da mata não machuca, não maltrata, apenas a leva a sonhar. Sonhos tolos, impossíveis, sonhos que ela adivinha nunca irão se confirmar. Lá vai ela, lá vai ela, somente uma folha amarela, quase murcha, nada bela, pelas águas a deslizar. Ela bem sabe o que a espera além da curva que avista, mas teve seu dia de glória, nada mais importa agora, só saboreia a conquista. HLuna
Enviado por HLuna em 03/04/2016
Alterado em 04/04/2016 |