ENTRE OUTRAS COISAS
Na concretude da vida o sentido de tudo parece ficar meio alheio. Verso e reverso de um rosto que me espia do outro lado, no espelho, como fosse alguém estranho: não me acena esperança, não sabe, sequer, de onde veio. O silêncio me acompanha, não abre janelas ou portas para divisar horizontes, não mostra o caminho certo, aquele direito, o mais reto que me permita alcançá-los. Toda palavra precisa ser bem pesada e medida antes de ser proferida. Onde será se perdeu a minha palavra e a rima, que, um dia, me deram e eu tinha, e todo sonho era meu? Foram-se por aí... Sem deixar rastos, nem cor. HLuna
Enviado por HLuna em 28/03/2016
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