Trovinhas por aí... Mar que esconde mil segredos, confesso que tenho medo de que descubra os meus. Eu só os conto pra Deus. Escrevo à mão linha a linha numa espécie de rascunho, corrijo os erros que tinha, uso o meu próprio punho. Belas tulipas rosadas enfeitam o teu poema, lindas, assim, nacaradas. Deixo um abraço: Helena. Meio cinza, indefinida, a poesia se esconde nas brumas espessas da vida. Preciso descobrir onde. Amar, sei, é uma arte, tem que ter bem firme a mão, senão a linha se parte, e quem sofre é o coração. Muito esforço despendi pra chegar onde cheguei, no final, enfim, venci, mas tropeços amarguei. Ficamos os dois bem juntinhos, olhos nos olhos... Ah, o amor, mais duas taças de vinho, no ar perfume de flor. Perdão, por quê, te pergunto, o amor é natural, nasce co'a gente, vem junto, é uma coisa normal. Ora menina, não chora, a vida é bela, acredita, manda a tristeza embora, nos cabelos uma fita. Trovador que canta o amor, em versos bem ritmados, me responde, por favor. Queres ser meu namorado? Eu te digo, amiga minha, quando a saudade apertar, enquanto o corpo definha, a alma está a voar. Entreguei-te, por inteiro, meu coração que te adora, este amor é verdadeiro, toma posse dele, agora. A velhice se aproxima, não há como fugir dela, porém eu me sinto menina, a face risonha, inda bela. HLuna
Enviado por HLuna em 30/11/2015
Alterado em 30/11/2015 |