DESAMPARO Noite a dentro rolo insone gritando alto teu nome, tão intensa é minha dor. Vi, ao longe, o sol se por, a manhã chegar vadia... Que vou fazer dos meus dias, assim inúteis, vazios, o corpo tremendo de frio? Vida má, vida madrasta, que me atormenta, me arrasta pelo chão, é furacão. A mim nunca me deu flores, só angústia, dissabores, dor cruel, desilusão. Já tenho os pés feridos de tanto andar, estou perdido, sem ninguém, sem um amigo para partilhar comigo um carinho, um afeto, o conforto do seu teto e, enfim, me abrigar. Nestes traços me desfaço, anjo meu, vem me guardar. HLuna
Enviado por HLuna em 07/10/2015
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