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DESALENTO

Estou assim:
barco sem rumo,
sozinha vogando
eu vou pelo mundo,
sem rota concreta,
sem ter uma meta,
sem ver quase nada.

Que me importa a dor alheia,
se a minha é bastante e me chega
para encher meus dias vagos?

O futuro é um ponto escuro,
um ponto escuro no mapa,
que não me aponta o caminho,
não me diz onde os espinhos,
sequer me indica a estrada.

O que vejo é só um muro,
e uma porta fechada.

 
HLuna
Enviado por HLuna em 29/09/2015


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