VELHICE Nestes meus dias densos há sempre uma noite escura, a arrastar-se, trôpega, entre as rosas já fanadas do meu jardim, que o tempo desfolhou em travessuras, e a fria invernia ressecou, mancomunada. Nas minhas noites longas sinto o vazio a perseguir-me, rondando à minha volta, tentando entrar sem ter convite neste meu camarim. onde me escondo temerosa, querendo resguardar o que sobrou da tempestade que, justo, sobre mim se abateu gananciosa, levou-me os sonhos verdes, roubou-me a luz e a mocidade. HLuna
Enviado por HLuna em 23/04/2015
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