PSICOSE As grades de ferro refletem o medo. Medo estranho, doentio, que ronda espreitando em silêncio aguardando o exato momento para entrar de casa a dentro, e se acomodar à vontade. Sem condições de defasa, pois evitá-lo quem há de, não exerce força bruta. Chega em calma absoluta com sua coorte sombria, que agride, que ameaça, que tranforma o tudo - nada, num rosário de desgraças a consumir nossos dias. Nessa infinita tormenta em que a carne treme, e os ossos, resta só um fio tênue, fio quase transparente, porém forte, resistente - fonte de luz e de vida, que junta os pedaços, os destroços, e repõe a fé perdida. HLuna
Enviado por HLuna em 10/06/2007
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