A VOZ DO POETA Para cantar do amor suas dores e alegrias, o poeta tem que ser criatura ambivalente. Não pode apenas, somente, restringir-se a um estado. O poeta que é poeta, não tem sexo não tem nome, o que o impele é a ânsia, esse fogo que o consome de lançar suas palavras no lirismo de um poema falando de amor - sem temor, em voz alta, forte e plena. Algumas vezes é o macho repleto de amor e luxúria; outras vezes é a fêmea sensual, despudorada, ou a menina traquinas, doce e terna namorada. O poeta que é poeta pode ser o que quiser, não faz diferença se é homem, que importa se, acaso, é mulher? Pois, na verdade, te digo: o poeta vive além da realidade concreta. É um mago transmudado, um sonhador desmedido, que habita um mundo encantado e divide o sonho contigo. HLuna
Enviado por HLuna em 19/03/2015
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