ALEGRIA, ALEGRIA
Eu te procuro, alegria, nas horas amenas do dia, nas horas doridas da noite, quando sinto como açoite a amargura alcançar-me, tocar fundo a minha carne deixando um sabor de desgosto, um enorme desconforto, um sofrer bruto, selvagem. Te procuro pelo escuro, nos becos escusos, a medo, onde a miséria faz praça, a luxúria, insone, espreita, e os vagabundos noturnos se reunem na desgraça, partilhando o mesmo leito. Onde estás, ó alegria, que não te acho no dia, na noite, também, não te encontro? Eu te chamo em altos brados procurando em todo lado, mas, em vão, não me respondes. Alegria, alegria, alegria! Onde é que tu te escondes? . . . Espera findar a luz do dia
e escuta bem o que te digo eu encontrarás dupla alegria fugindo comigo no breu... HLuna
Enviado por HLuna em 10/02/2015
Alterado em 11/02/2015 |